FRASE:

FRASE:

"Se deres um peixe a um homem, vais alimenta-lo por um dia; se o ensinares a pescar, vais alimenta-lo a vida toda."

(Lao-Tsé, filósofo chinês do séc. IV a.c.)

quinta-feira, 30 de maio de 2013

VUVUZELAS, CAXIROLAS, MAZELAS E BORRADELAS

A FIFA, em meio às suas mazelas e maracutaias de causar inveja até em brasileiro, finalmente deu um sinal de lucidez, fazendo valer uma regra já existente e proibindo o uso da tal caxirola nos estádios durante a Copa de 2014.


A caxirola, apresentada pelos seus idealizadores.
(Foto:Veja/Abril)
O fato se deveu ao emprego do artefato pela torcida como projétil para visar ao árbitro e aos jogadores adversários, durante a decisão do campeonato baiano, entre Vitória X Bahia, no recém reinaugurado Estádio da Fonte Nova.


No jogo Vitória X Bahia, jogadores e gandulas recolhem do gramado as caxirolas que viraram projéteis...
(Foto:Veja/Abril)

Para quem não sabe, a caxirola é uma espécie de chocalho barulhento, inventado ao que parece pelo músico Carlinhos Brown e logo abençoado pela Presidenta Dilma e pela sua Ministra da Cultura Marta Suplicy, sendo que ambas se entusiasmaram com a ideia de distribuir essa novidade aos torcedores da Copa 2014.
Seria uma tentativa de copiar as chatíssimas vuvuzelas sul-africanas, que atormentaram o público dos estádios (e até aos telespectadores) da copa realizada na África do Sul.
Para que copiar erros alheios?
Acho que já temos mazelas genuinamente brasileiras em número suficiente para aborrecer os torcedores que inadvertidamente vierem o nosso país para ver a Copa do Mundo.

Na Venezuela, quem está sob ameaça é a Eucaristia, segundo informa a BBC:
“A Igreja Católica é a nova vítima da crise de abastecimento na Venezuela. Depois da falta de papel higiênico, começa a faltar vinho para a celebração de missas.


Na Venezuela, até o pão e o vinho da Eucaristia podem ser afetados pela crise bolivariana.
 
A escassez de produtos necessários para a produção de vinho obrigou o único produtor do país a parar de vender para a Igreja.
Críticos acreditam que o problema da escassez no país está ligado ao forte controle estatal da economia e da produção interna insuficiente.
Mas o governo acusa uma conspiração liderada pela oposição e a especulação dos preços pelo problema.”
Um porta-voz da igreja declarou que:
"Os fabricantes de hóstia nos disseram que vão ter que aumentar os preços porque não conseguem encontrar farinha suficiente. O trigo não é cultivado aqui - tudo isso vem do exterior. Um pacote de hóstia custava 50 bolívares (16 reais), e agora custa 100."
O fornecimento de leite, açúcar, óleo de cozinha, farinha de milho - que é usado para fazer a arepa, prato típico da Venezuela - e de itens sanitários, também está sendo afetado.
Na semana passada, os parlamentares venezuelanos aprovaram planos para importar milhões de rolos de papel higiênico, em um esforço para aliviar a escassez crônica.


Haja papel para limpar as borradas políticas...
Ainda bem que por aqui produzimos bastante!
Será que houve um consumo excessivo de papel higiênico para limpar as cagadas deixadas por “el comandante”?

domingo, 26 de maio de 2013

MILENADAS E DOMINGADAS

Eu hoje tentei dar uma “milenada”, ou seja, tentei imitar o estilo de escrever da querida amiga Milene, do blog INQUIETUDE.
Peraí, mas a Milene tem estilo? Ela é notável justamente pela inconstância e pela forma solta e descomprometida com que escreve, sem se preocupar com nada, mudando do céu para o inferno, e do verso para a prosa!
Pois é justamente isto que eu tento aprender: a escrever sobre qualquer coisa, mesmo que seja uma banalidade, e assim mesmo agradar (pelo menos a alguém, espero).

Bela e nublada manhã de domingo...
Ligo a TV só por ligar. Por acaso, estão transmitindo uma corrida de Fórmula Um.
Eu já havia declarado que não assistiria, ou pelo menos não acompanharia mais esta competição, devido às ridículas manipulações de algumas equipes, tirando o brilho da competição entre os pilotos.
Mas, na falta de opção melhor, deixei a TV sintonizada enquanto fazia outra coisa.
Um locutor, que já se notabilizou em nível nacional por falar besteiras, fica narrando, usando um ex-piloto de corridas como cão-guia. Em determinado momento, ele, ouvindo a comunicação entre a equipe e um piloto exclama: “Estão dizendo para o Fulano salvar os pneus”!
Pensei comigo: alguém precisa falar para este energúmeno que “to save” em inglês nem sempre quer dizer “salvar”! Neste caso, é claro que estavam dizendo para o cara economizar os pneus!

 Pelo, jeito, este piloto resolveu "spender" os pneus, ao invés de "salva-los"...

Eu fiquei esbravejando por alguns minutos, mas a emissora deve ter recebido uma enxurrada de e-mails e “twittadas”, pois dali a pouco o cara voltou ao assunto, se justificando: “Eu falei salvar porque neste caso, como o desgaste é grande, tem mesmo é que salvar os pneus!”
(Um pouco depois, o ex-piloto que comentava falou, frisando a forma correta: “...nesta situação, tem é que economizar os pneus!”)
É espantosa a pretensão e a teimosia do indivíduo, insistindo em distorcer as coisas e tornar verdade aquilo que ele quer que seja!
Será que ele não "realizou" que está falando bobagem, com esta pseudo-tradução?
Neste instante, me veio a mente que aquele locutor expressa bem o espírito da própria emissora, que se julga mentora da opinião pública e se especializou em distorcer as coisas, ocultando o que não lhe interessa e destacando o que deseja evidenciar.
Nas notícias, sempre podemos consultar outras fontes, embora nem todo mundo o faça. Mas, eu observo que em eventos esportivos, com a tal “exclusividade”, eles manipulam o que estamos assistindo, a ponto de dizer que o que estamos vendo não é aquilo que estamos vendo! Juram que uma jogada não foi pênalti, quando a gente está vendo por todos os ângulos que foi!
Quem acompanha o noticiário por várias fontes pode ver claramente a omissão parcial ou total de certos eventos, além de interpretações tendenciosas de outros. Outras vezes, algum assunto recebe destaque com a finalidade de marketing, até mesmo para a promoção de novelas da emissora.
Pobre de quem fica exposto diariamente a esta fábrica de manipulação, sem outra opção de consulta!
Bom resto de domingo a todos!

terça-feira, 21 de maio de 2013

OPÇÃO: COMER BARATAS?

A FAO (Food and Agriculture Organization), órgão da ONU para assuntos ligados à alimentação e agricultura, sediado em Roma, liberou na semana passada um relatório onde sugere que a resposta para a demanda mundial por alimentos pode vir da adoção do consumo de insetos na dieta diária.
Segundo o documento:
“...os insetos são ricos em proteína, cálcio, ferro, zinco e gorduras benéficas à saúde.”
Nos mercados asiáticos, insetos e outras coisas, que para nós parecem exóticas, são comuns...
Sabe-se que a maioria dos organismos vivos conhecidos no nosso planeta é constituída por insetos. As espécies classificadas somam em torno de um bilhão. Apesar do tamanho geralmente reduzido, a fertilidade dos insetos é impressionante, e algumas das suas populações são gigantescas.
Espetinhos de grilo são bem cotados na Tailândia...
A questão é: você está afim de encarar uma barata, uma larva de mosca ou uma colherada de formigas? Muitas pessoas responderam que preferem passar fome...
Talvez porque no momento tenham outras opções...
A fome pode ampliar os horizontes alimentares de muita gente!
Aliás, consta que quase dois bilhões de seres humanos, principalmente na Ásia e na África, já se alimentam regularmente de insetos e coisas semelhantes: em países como a Tailândia, a Coréia do Sul, o Vitenã e a China é comum se comer escorpiões e aranhas (que não são insetos), além de larvas de bicho-da-seda, grilos, gafanhotos, para não falar de outros animais como ratos, morcegos, cobras e lagartos.
Vai uma baratinha crocante?


Em algumas regiões do nosso Brasil, já tive a oportunidade de conhecer pessoas que adoravam farofa feita de tanajuras, machos alados de formiga que surgem em grande quantidade, em determinadas épocas.
E há alguns anos atrás, quase todo o mundo torcia o nariz quando se falava em comer peixe cru. Hoje, praticamente não há um bifê de shoping que não tenha sua bandeja de sushi, além dos restaurantes especializados. Claro que muita gente ainda continua torcendo o nariz...
Na revista VEJA, um produtor de insetos, utilizados na fabricação de rações para animais, revela que já experimentou (e gostou) da sua própria produção. Segundo ele, suas baratas são fiscalizadas por órgãos governamentais de alimentação, e alimentadas de forma controlada (nada de baratas pegadas na rua, por exemplo).
Segundo a revista, 14 gramas de baratas desidratadas custam R$ 9,60, o que nos parece ser bem caro.
O produtor responde que:
“É caro mesmo. A farinha de proteína do inseto custa R$100,00 o quilo. Mas, é porque minha produção é pequena, cerca de 1 tonelada por mês. Se eu produzir mais, o preço cairá!”
Perguntado se já comeu da sua produção, respondeu:
“Claro, a gente não pode ter preconceitos. O mais gostoso é o tenébrio, uma larva de besouro. Fica uma delícia quando bem fritinho ao alho e óleo. Meus amigos dizem que tem gosto de camarão. O macarrão com grilo também é bom. A barata não tem um gosto característico, mas fica boa com azeite, para ser servida como canapé. Tem também o grilo coberto de chocolate, que fica crocante. As crianças adoram.”
Como vemos, tudo é questão de costume...
O nojo é apenas mental...